Você está aqui: Página Inicial > Notícia > Fique Atento > Crianças e adolescentes que transformam: Prêmio Criativos Escola + Natureza anuncia 33 finalistas de todas as regiões do Brasil

Todas as notícias Categorias

30/05/2025Undime

Crianças e adolescentes que transformam: Prêmio Criativos Escola + Natureza anuncia 33 finalistas de todas as regiões do Brasil

Com 1.593 projetos inscritos, premiação destaca protagonismo estudantil na transformação da realidade; anúncio dos seis grupos premiados acontece no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho

De norte a sul do país, milhares de estudantes se mobilizaram para criar projetos capazes de transformar a natureza com ideias criativas e ações concretas que fazem a diferença. Por isso, o Prêmio Criativos Escola + Natureza, promovido pelo programa Criativos da Escola, do Instituto Alana, com apoio da Undime e do Greenpeace Brasil, anunciou a relação com os 33 projetos finalistas da premiação, que figuram entre os destaques nacionais e seguem concorrendo ao prêmio final. A revelação dos seis grupos premiados será feita em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. 

Os projetos finalistas vêm de todas as regiões do país, representando 15 estados e os seis biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Além do Distrito Federal, 14 estados brasileiros estão representados. A lista de finalistas contempla escolas das cidades de: Manaus (AM); Belém, Maracanã e Marituba (PA); Imperatriz e Codó (MA); Salvador, Sitio do Quinto e Mutuípe (BA); Maracanaú (CE); Petrolina, Carnaíba e Itapissuma (PE); Aracaju e Estância (SE); Brasília (DF); Corumbá (MS); Santana de Parnaíba, Jundiaí e Osasco (SP); Rio de Janeiro (RJ); Juiz de Fora (MG); São José dos Pinhais (PR); Florianópolis (SC); Porto Alegre, Capivari do Sul e Canguçu (RS). 

As iniciativas finalistas se destacam por seu impacto socioambiental, originalidade, criatividade, empatia, trabalho em equipe e, principalmente, pelo protagonismo estudantil. Entre os temas abordados estão a valorização de saberes indígenas e tradicionais, reflorestamento, combate às queimadas, preservação das águas e práticas sustentáveis construídas de forma colaborativa.

“Esses projetos demonstram que a infância e a adolescência estão pensando e criando boas respostas para enfrentarmos os desafios ambientais do presente e do futuro. Ao conectar cultura, ciência, história, tecnologia e saberes tradicionais, os finalistas do Prêmio Criativos Escola + Natureza mostram que, por meio da educação e da ação coletiva, é possível transformar a realidade local e inspirar um futuro mais sustentável para todos. Essas ideias são sementes que, com o apoio e engajamento de todos, podem crescer e florescer, contribuindo para a transformação da natureza  e para a construção de um mundo mais consciente e equilibrado”, afirma Gabriel Salgado, gerente de Educação e Culturas Infanto-Juvenis do Instituto Alana.

Um dos grandes destaques desta edição é que os projetos vencedores não apenas receberão reconhecimento nacional mas, também, viverão uma experiência inédita: os estudantes premiados participarão de atividades relacionadas à COP30, que acontece em novembro, em Belém (PA). Além disso, participarão de uma atividade junto ao Greenpeace Brasil, reforçando o compromisso em defesa do meio ambiente.

Esta edição recebeu 1.593 inscrições, engajando mais de 60 mil estudantes e 5.300 educadores de 738 municípios brasileiros. Entre os projetos inscritos, 468 incluíram estudantes com deficiência, e mais de 90% das propostas vieram de escolas públicas — com forte presença de instituições estaduais (51%) e municipais (33,2%). Escolas federais, privadas e organizações da sociedade civil também marcaram presença.

Confira todos os projetos finalistas organizados por bioma e inspire-se com as ideias de quem já está mudando o mundo a partir de ações dentro e fora da  escola. Do coração da floresta à mata tropical, passando pelas planícies alagadas, cerrados, pampas e pelas caatingas, os projetos finalistas mostram que cuidar da natureza pode — e deve — contar com a participação e o protagonismo dos estudantes.

 AMAZÔNIA:

“Trilha Maker – COP30” – Marituba (PA)
Tecnologia, inclusão e sustentabilidade se encontram nesse projeto inovador, que traz uma  proposta educacional acessível e prática para que  os estudantes discutam soluções ambientais reais. A iniciativa conecta educação, tecnologia e ação em um percurso criativo rumo à COP30.

“Clube Azul: Pela cultura oceânica” – Maracanã (PA)
O projeto, que mergulha na conexão entre a floresta e os mares, une monitoramento ambiental, educação científica, cultura oceânica e engajamento comunitário para despertar o senso de pertencimento e responsabilidade sobre a vida marinha, mostrando que tudo está interligado.

“O diálogo com a natureza: Povos indígenas da Amazônia e a sustentabilidade” – Manaus (AM)
Inspirados nos saberes ancestrais, estudantes de Manaus criaram um projeto que valoriza o conhecimento indígena como ferramenta essencial para a sustentabilidade. Por meio  de pesquisas, jogos tradicionais e atividades culturais, eles promovem o respeito às tradições e reforçam a importância da diversidade para o futuro do planeta.

“Placa de controle térmico de açaí: identidade regional e sustentabilidade” – Belém (PA)
E se o caroço do açaí, além de saboroso, também ajudasse a refrescar nossas casas? Essa é a proposta criativa dos estudantes de Belém, que desenvolveram placas térmicas sustentáveis a partir do fruto amazônico, unindo inovação, identidade regional e eficiência energética.

CAATINGA:

“Amigos do Velho Chico” – Petrolina (PE)
Com fones nos ouvidos e microfones em mãos, os estudantes  do Sertão pernambucano criaram um podcast educativo para defender o Rio São Francisco. A série de episódios aborda a conservação do Velho Chico com linguagem acessível e compromisso ambiental, somando vozes em prol das águas do sertão.

“Filtropinha: dos resíduos aos recursos” – Carnaíba (PE)
A manipueira, o líquido tóxico que sobra da produção da farinha de mandioca, ganhou um novo destino na cidade de Carnaíba. Usando cascas de pinha, estudantes desenvolveram um filtro de baixo custo para reduzir o impacto ambiental desse resíduo, transformando o problema em solução com criatividade e ciência.

“Mapeamento das Águas dos Pitaguary: a mulher indígena na ciência das águas” – Maracanaú (CE)
Unindo ciência e ancestralidade, o projeto percorreu aldeias indígenas para analisar a qualidade das águas consumidas pelas comunidades Pitaguary. As descobertas alarmantes se tornaram um alerta público e o protagonismo das pesquisadoras indígenas mostrou que a força da transformação também vem das margens.

“Observatório Socioambiental – SOS Sertão” – Sítio do Quinto (BA)
No semiárido baiano, os estudantes decidiram mapear os principais desafios socioambientais da cidade e agir. O projeto identifica problemas locais e articula a comunidade para cobrar soluções do poder público. Um verdadeiro laboratório cívico e ambiental, onde o protagonismo estudantil se transforma em política local.

CERRADO:  

“AlertaITZ: Aplicativo de Monitoramento Ambiental e Alertas de Desastres Para Imperatriz (MA)” – Imperatriz (MA)
Quando a tecnologia encontra o cuidado com o território, nascem ferramentas como o AlertaITZ. O aplicativo oferece informações em tempo real sobre enchentes, queimadas e outras emergências ambientais. Mais do que um sistema de alertas,o app conecta pessoas e constrói redes de proteção ambiental.

“Banana Peel: Transformando a casca da banana em papel e material didático” – Imperatriz (MA)
Com criatividade e consciência ecológica, os estudantes deram um novo destino às cascas de banana, transformando-as em papel sustentável. O material é usado especialmente em atividades pedagógicas voltadas para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), unindo inclusão, inovação e combate ao desperdício.

“Extração do óleo essencial de citronela com o uso de materiais de baixo custo” – Brasília (DF)
Os estudantes  desenvolveram uma alternativa natural e acessível para combater o Aedes aegypti: o repelente de citronela. Produzido com equipamentos simples, o projeto alia pesquisa científica, proteção à saúde pública e educação ambiental em uma solução prática e sustentável.

“Protótipo de Sistema de Reuso de Água” – Codó (MA)
Em tempos de crise hídrica, cada gota conta. Por isso, estudantes de Codó criaram um protótipo para reaproveitamento da água na escola. A proposta vai além da tecnologia: ela desperta consciência, incentiva o uso responsável dos recursos naturais e convida toda a comunidade a repensar hábitos.

“Trilha do Cerrado: sustentabilidade em jogo” – Brasília (DF)
Preservar o Cerrado também pode ser divertido. Com um jogo digital de tabuleiro, estudantes convidam outros jovens a enfrentar desafios e a responder perguntas sobre o bioma. A meta é levar o jogo para 15 escolas públicas até o final de 2025 e espalhar conhecimento com leveza e propósito.

MATA ATLÂNTICA:

“Além do Rio” – Rio de Janeiro (RJ)
Estudantes mergulharam no estudo da poluição do rio Arroio Fundo e foram além: criaram kits de ciências para outras escolas públicas replicarem o projeto de análises das águas, despertando consciência ambiental em cadeia.

“Biocerâmicas de cascas de ostras – tecnologia sustentável” – Itapissuma (PE)
Transformar cascas de ostras em cerâmica? Sim! Os estudantes  criaram uma alternativa ecológica ao gesso na construção civil, reutilizando resíduos da pesca e contribuindo para a economia circular.

“EcoEscape” – São José dos Pinhais (PR)
Jogo de tabuleiro com design 3D e desafios sobre mudanças climáticas. O EcoEscape transforma ciência em diversão e mostra que educação ambiental também pode ser lúdica, instigante e coletiva.

“Ecoostras” – Florianópolis (SC)
Mais uma prova de que a sustentabilidade também é criativa: os estudantes desenvolveram placas ecológicas a partir de plásticos reciclados e conchas de ostras — alternativas ao mármore e granito.

“Ecotech” – Estância (SE)
O projeto atua com comunidades tradicionais, promovendo ações educativas, valorização cultural e conservação dos ecossistemas da Mata Atlântica, com forte protagonismo juvenil.

“Mangue Mania: a Aventura no Reino do Caranguejo-uçá” – Aracaju (SE)
Uma aventura educativa que une cartilha, música e jogos para ensinar crianças sobre a importância dos manguezais. O material virou política pública e já circula pelas escolas da cidade.

“O mel de cacau como alternativa ecológica ao controle de ervas daninhas” – Mutuípe (BA)
Substituir agrotóxicos por mel de cacau? Essa é a proposta que reduz custos e impactos ambientais, fortalecendo a agricultura familiar e preservando o solo e os rios da região.

“Passaredo: grupos de debate e ativismo ambiental” – Juiz de Fora (MG)
O projeto, que começou como rodas de conversa e virou uma rede nacional de ativismo jovem, fomenta o engajamento com temas globais, desde a crise climática à justiça ambiental.

“Projeto L.O.C.A - A  Interdependência entre as Águas Subterrâneas e a Mata Atlântica” – Santana de Parnaíba (SP)
A água subterrânea e a floresta não vivem separadas. O projeto une comunidade e poder público para promover o uso consciente da água e restaurar áreas degradadas com base científica.

“Projeto Luzes” – Jundiaí (SP)
Uma proposta de lei que permite transferir créditos de energia solar para escolas públicas. Sustentabilidade, justiça social e política pública se encontram em uma ideia transformadora.

“Raízes do Amanhã: Transformando Territórios com EcoAções Sustentáveis” – Rio de Janeiro (RJ)
Horta escolar, coleta seletiva, replantio e Agenda 2030 construída coletivamente. Esse projeto envolve toda a comunidade escolar em ações concretas por justiça ambiental.

“Sistema de Filtragem com Carvão Ativado de Casca de Coco” – Salvador (BA)
Um filtro natural para tratar a água da comunidade do Bairro da Paz. A tecnologia acessível feita com casca de coco vem acompanhada de educação ambiental e mobilização local para garantir água segura.

“Um Novo Contrato Social: Soluções Energéticas Sustentáveis” – Rio de Janeiro (RJ)
Um carregador solar portátil desenvolvido com base em filosofia contratualista. A proposta une energia limpa, autonomia e acesso democrático à tecnologia.

“Protagonismo juvenil no ensino de Ciências da Natureza” – Osasco (SP)
Estudantes lideram um estudo sobre a conservação de um lago em um parque ecológico. O projeto mobiliza a escola e a comunidade em torno da pesquisa e do cuidado com o ambiente local.

PAMPA:  

“Colocar o coração no ritmo da Terra: reflorestando mentes e corações” – Porto Alegre (RS)
Entre palavras e raízes, o projeto une literatura negra e indígena para reconectar estudantes à natureza. A proposta vai além do reflorestamento físico: quer cultivar empatia, consciência ambiental e ações de combate a incêndios no Parque Saint-Hilaire.

“Quilombo nas Escolas” – Capivari do Sul (RS)
Com vivências nos territórios do Quilombo Costa da Lagoa, o projeto leva os saberes quilombolas para dentro das escolas. Uma ponte viva entre ancestralidade e educação, que valoriza as raízes culturais como ferramenta de transformação socioambiental.

“Resgate da biodiversidade vegetal local” – Canguçu (RS)
Na capital nacional da agricultura familiar, estudantes buscam recuperar a diversidade das plantas cultivadas na região. O projeto mapeia espécies nativas, promove a coleta de sementes e incentiva práticas mais sustentáveis no campo, resgatando um saber ameaçado pelo tempo.

PANTANAL:  

“Nossa Escola Mais Verde” – Corumbá (MS)
A proposta é simples e poderosa: tornar a escola um espaço de reconexão com a natureza. A partir da vivência diária no Pantanal, o projeto convida alunos a refletirem sobre o papel da educação ambiental na formação integral do indivíduo, com ações práticas e afetivas.

“Queimadas no Pantanal” – Corumbá (MS)
Diante das chamas que assolam o bioma, um grupo de estudantes decidiu agir. O projeto promoveu pesquisas, debates e campanhas de conscientização sobre os efeitos devastadores das queimadas, alertando para os impactos sociais, ambientais e econômicos da destruição.

“Oficina Socioambiental” – Corumbá (MS)
Separar o lixo, reaproveitar materiais, montar canteiros e criar folhetos educativos: são essas as ferramentas usadas pelos estudantes para construir um cotidiano mais sustentável dentro e fora da escola. As oficinas despertam a consciência e inspiram pequenas grandes mudanças.

Sobre o Alana
O Alana é um ecossistema de organizações de impacto socioambiental que promove e inspira um mundo melhor para as crianças. Um mundo sustentável, justo, inclusivo, igualitário e plural. Um mundo que celebra e protege a democracia, a justiça social, os direitos humanos e das crianças com prioridade absoluta. Um mundo que cuida dos seus povos, de suas florestas, dos seus mares, do seu ar. O Alana é um ecossistema de organizações interligadas, interdependentes, de atuação convergente, orientadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O encontro de um Instituto, uma Fundação e um Núcleo de Negócios de Entretenimento de Impacto. Um combinado único de educação, ciência, entretenimento e advocacy que mistura sonho e realidade, pesquisa e cultura pop, justiça e desenvolvimento, articulação e diálogo, incidência política e histórias bem contadas.

 

Fonte: Criativos da Escola

 


Parceria institucional